domingo, 22 de dezembro de 2013

Caindo aos pedaços, o desespero me abraça junto de um pesadelo desacelerado, é impossível mudar o final iminente; há caminhos, falta energia para mover as pernas. Quando tirei os sapatos para trilhar o caminho de cacos? Será que removerei os estilhaços mais profundos algum dia? Ou eles tamponarão minha eterna dor? Vivo no abismo da tristeza, às vezes pulo de cabeça à procura da felicidade, outras, acho mais fácil abrir o paraquedas. A verdade é que a queda é a mesma, e a felicidade só aparece mesmo pelo caminho e não já no solo. Vento puxou, acho que abri o paraquedas. Acompanha-me?

Gratidão

Eis que dormem e acordam. Ouço o sussurro nesse meio tempo que tua respiração traz pra mim, é lindo o que podes me dizer do teu sonho com ela. De todo o saldo desse ano, talvez o fato mais belo tenha sido encontrar a ti; o mais saudoso, não poder diretamente contar as novidades para o gigante barbudo mais sábio da minha vida. Amor que saúda, saudade que desperta o bem. Ninguém entende os meios da vida, vil ilusão achar que sim, mas mesmo sem entender, agradeço. Agradeço ao mistério da perfeição do encaixe, agradeço às peças engraçadas e amorosas do enigmático quebra-cabeça de minha existência.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Pureza

No silêncio do pensamento, permito-me divagar sobre esse ócio maravilhoso guiado pelo amor que vê a sua imagem ao fim. Há muito não sentia tamanha leveza, não é questão ou não de estar anestesiada ou adiar alguma dor; não há dor. Raios de sol convergem em todos os seres, e mesmo em dias nublados, a beleza do simples está exposta. Perfeição que só se dá nos olhos de quem vê; vi você. Felicidade.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Pois ache agora que o que sentes é único e nunca passará. Permita-me dizer que seu comportamento passado é agora, no mínimo, irrisório, e que tudo que voou de sua boca em minha direção se perdeu nos redemoinhos dos eternos minutos. Parece que esse sentimento que nos prende a alguém é como uma muleta que a maioria das pessoas precisam para caminhar, então, amamos a quem afinal? A nós mesmos? Que necessidade é essa do ser humano de achar que tudo é único, que tudo ficará marcado para sempre, que a saudade não é levada pelo tempo? Que bela essa indispensabilidade de sofrer que nos leva à construção! Seja bem-vindo ao meu pequeno grande mundo da ilusão, e ame uma imagem, contudo, faça poesia.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Apenas saudade

É engraçado como a falta de ti mexe comigo e como parece que, mesmo ausente carnalmente, consegues tocar meu ser. Olhei para nossa foto e senti um vazio, este que não deveria ter vindo assim tão desprevenido e rápido nessa minha curta vida, mas que apesar de tudo, é saudoso. Lembro de ti e penso em coisas boas, vejo coisas boas e lembro de ti. É forte, é estranho, é além da vida! Olhando para o quintal, queria te ver passar, mas sei que onde quer que estejas, ou seja lá no que estivesses acreditando antes de morrer, sei que estás bem. Quero um dia ser apenas pequena parcela do que foste, e navegar na imensidão da calmaria de um sábio...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O prazer é todo meu

Engraçado estar numa roda de amigos num lugar cheio de cerveja e querer estar em minha cama pensando em ti. Estranho esse querer sempre falar contigo, e isso é o que mais me incomoda no fato do celular estar descarregado neste momento. Bizarro querer-te, ou ter essa ânsia de, quando de ti quase nada sei; mentira, acho que sei alguma coisa, talvez 1% dessa imensidão de conflitos que é um eu. Não sei o que trazes de novo, mas acho que começo a descobrir o que trazes de bom. Talvez esse texto não condiga com teu ser, mas ainda é cedo para saber. Talvez tenha me encantado com teu sorriso, e não me contradigo. Talvez o que acontece, eu saiba, mas não quero abrir os olhos... Dia sem fumaça; sorrio. Muito prazer.

domingo, 8 de setembro de 2013

O café forte de cada dia

Hoje eu acordei com os olhos inchados, fui até a porta e fiquei aguardando você chegar para que todos tomássemos café juntos como sempre. Antes de levantar da cama, ouvira os passarinhos cantando, e quando cheguei no quintal, espantei-me com tamanha beleza que me aguardava. É, amigo, tenho certeza que já estás no céu, a iluminação está perfeita, as cores foram devolvidas, mas não desgastadas, mais vívidas. Eu sei, o pão chegou quentinho, e se eu não o comesse, você certamente perguntaria para mim se estava bem. Eu sei, todos os cafés daqui em diante serão fortes, porque água suja é só refresco. Hoje, apesar dos pesares, o dia está perfeito, talvez tenha tomado o café da manhã mais saudoso da minha vida, nunca triste, porque vi você chegar e sentar na mesa, eu vi, no coração dos que ali estavam, nas lembranças. Pode deixar que brigarei com minha mãe se não tiver pão doce à tarde. Uma lâmpada se quebrou sozinha, brisa bateu, você nunca terá ido embora, os dias serão mais bonitos, porque você estará em todos os lugares comigo.

sábado, 7 de setembro de 2013

Carta a um amigo

Hoje é um dia qualquer para muitos, qualquer outro sábado que eu passaria completamente sorridente, mas, de repente, tudo ficou sem cor. Sei que você precisava construir sua ponte para fazer sua passagem, mas
daí roubar todas as cores do mundo até completá-la? Quando você já tiver no céu e achar seu espacinho de aconchego, por favor, devolva as cores pra mim, mesmo que um pouco desgastadas; se quiser me fazer uma visita antes de chegar ao destino, vou preparar a última água suja para lhe servir... Acho que é a primeira vez que peço a uma alma que me visite com uma harmoniosa satisfação! Sabe, quero achar os seus sinais em barulhos e piscadas estranhas de luz, quero que apareça de barba não feita na minha frente, com um cigarro na orelha, e com a gesticulação que só você sabia fazer, com um leve arrebitar das sobrancelhas, querendo dizer: e aí, como estamos? Meu arrependimento foi não ter lhe chamado para ir ao show do Chico; meu tesouro material, meu cordão que certamente não tirarei para toda a vida; meu tesouro verdadeiro, tudo que me ensinou com a paciência e sabedoria que tinha, toda a confiança e amor que me passou com as olhadelas, a boca torta de reprovação ou aprovação disfarçada. Um último comentário, foi-se em um feriado, mas não um qualquer, o da Independência do Brasil, chega a ser engraçado para um historiador. Sabe, se soubesse que o tempo seria curto assim, e que você não estaria comigo pela tortuosa caminhada que ainda está por vir, teria lhe chamado algumas vezes para beber um chopp, teria aproveitado o show do Chico que teve, já que não há muitos agora, teria feito tanta coisa mais com você... Mas, mesmo assim, sempre lembrarei de você quando olhar o verde do mundo, ou o jardim daqui de casa, quando passarinhos cantarem pela manhã, quando passar pela praça, ir na padaria, jogar carta, comer pão... Sempre lembrarei, sempre. Você continua no mesmo lugar de antes, só um corpo se foi; embora não possa alegrar um pouco mais meus dias com sua presença, meu coração está repleto de você, e do que levarei para a vida inteira. Você disse para eu nunca lhe abandonar, seja lá o que ocorresse na vida, bom, meu coração está com você para sempre. Espero que nesse momento, e em todos os outros futuros, como os passados da vida na terra, você possa sentir todo o meu amor e  agradecimento por ter alguém tão especial em minha vida, pois você ainda vive para mim, mesmo que não em carne!













Obrigada, padrinho! Obrigada, melhor sábio amigo!  Estou lhe jogando o isqueiro; agarrou? Acho que o cigarro aí do céu não mata!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Saudade das águas sujas

Peço aos céus que te traga para perto de novo, e se essa é minha melhor forma de oração, que seja lida ou ouvida. Quero tua risada ''roncosa'' na tarde de um chuvoso ou ensolarado final de semana, quero toda manhã sair de casa e ver um homenzarrão sem blusa cuidando dos seus passarinhos, quero passar pela praça e dar um tchauzinho. Quero, e quero, e quero que um dos meus mais compreensivos amigos, e certamente o mais sábio, possa ouvir o quanto eu o amo, coisa que sempre disse pelo olhar, mas nunca ousei proferir. Mas, com tantos queros, quero só que estejas bem! Então, por favor, volta! Volta, que quero achar cigarros inteiros espalhados pelo quintal de casa, quero ouvir os passarinhos cantando quando tu passas, quero ter o jardim mais bonito de novo. Volta, porque sentimos falta do teu amor doado de forma mais ativa, mais intensa, em pequenos gestos que só tu sabes fazer. Te amo, e pretendo fazer ainda muitas águas sujas...

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Cara a tapa

Venha e bata, porque estou dando minha cara a tapa. Não, não se achegue e fique com receio da minha reação. Bata! Mas bata com força, com vontade, porque se for fraco, nem sentirei, e não se dá a cara a tapa à procura de beijinho. Faz o seguinte, não chegue devagar, chegue depressa, pegue impulso, pule e bata! Mas mire bem,  mire porque não é o coração que quero que se machuque, é só a bochecha. Bata logo, mas feche a mão, por favor. Feche para tentar mais fortemente, feche para que deixe hematomas, sejam estes aqueles que desaparecerão ou não. Mas não, não me deixe a cara limpa, sem marcas ou cicatrizes, pois é só uma vez que se dá a cara a tapa.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sem definição

Há muito não me sinto anestesiada como hoje estou. Anestesiada pela sua imagem, pelo seu olhar, pelo seu jeito, pela sua sinceridade depois de algum tempo. Não sei explicar ao certo o que me faz sentir assim ao simplesmente lhe ver passar, mas seu sorriso é o sinal de que as coisas sempre podem melhorar, pois este pede sua presença. Fazia tempo que não olhava para a vida de forma tão bonita, que não via em um sorriso uma alegoria, que nem conseguia fazer poesia. Talvez esteja nascendo a mais linda inspiração.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

TicTac


Algumas pessoas nunca entenderão as razões, mas agirão respeitosamente, outras simplesmente isolar-se-ão em suas rotinas ditas perfeitas e renunciarão ao real, algumas agirão violentamente, mas não só através de movimentos rápidos e agressivos, pois muito mais se pode ser agressivo através de palavras. A verdade é que tenho pena daqueles que não conseguem ver além do que podem sentir, tenho pena daqueles que acham que a vida, com toda sua beleza chuvosa ou ensolarada, não merece ser questionada, tenho pena daqueles que não conseguem enxergar além do próprio umbigo, mas necessitam falar sempre de outrem... Mas tanta pena, penso eu, serviria apenas se estes um dia conseguissem se convencer de que, podendo não estarem errados, podem não estar certos também. Contudo, acho que é preciso pensar demais para isso. Sempre que vejo um ato idiota, pensado ou não, fico me perguntando o porquê de não olharmos para o próximo como se fôssemos nós; não que seja uma tarefa fácil, muito pelo contrário, é difícil demais; mas colocar isso na cabeça, para alguns, seria como dar o primeiro passo. Então, por favor, maioria desacordada que vive num mundo ideal, pessoas que dizem amar muito, mas que não conhecem quem mora ao lado, e outros, deem o primeiro passo, acho que já está na hora...

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Por e para quem não merece

Poderia escrever belos arranjos de flores, mas todas as cores eu já usei. Restou-me apenas aquelas plantinhas que enfeitam o buquê, que parece só eu o nome não saber. Não vou chorar lágrimas de uma separação fingindo que não fiz por onde, contudo, também não lhe omitirei a culpa. Quando fez-me esperar delongadamente por você, dizendo não me querer, eu fiz correr atrás e me sentar em qualquer calçada pensando no que podia ter dado certo, chorei lágrimas que não devem ser derramadas por qualquer um; sim, você me vê como alguém insensível, mas quem deixou de olhar para trás primeiro não fui eu. Agora, quando já refeita, e devidamente costurada, você aparece querendo com uma tesoura cortar os pontos? Espera, não é assim, não sem qualquer coisa que me anestesie! Entretanto, não precisa mais, por mais que a anestesia não tenha chegado como deveria, o efeito foi duplo ou triplo, quiçá irreversível. Não me considero o que me considera, pois não prometi nada a você, só quando estava disposta a cumprir e não me foi dada a devida atenção. Auto proteção nunca é demais. A verdade é que nem sei porque escrevo isso, não sei ao certo se lhe quero, e, de qualquer forma, nego. A vida tem seus altos e baixos, estou aprendendo a rastejar. Mania perversa de sempre querer reviver o passado. Maldição sentimentalista do escrever.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Sem título

Não espero que a noite me embale com os braços abertos, não essa noite! Espero que ela me maltrate, que faça de mim ferida aberta para que possa colocar em letras o que anda perdido em meu eu. Teço capas e mais capas com minutos dispersantes que a rotina me oferece, insisto em usá-las todos os dias; desnudo-me em preto e branco e descubro-me novamente, mas ainda este não por inteiro; prosa não poética de uma noite pseudofria, apenas mais um texto para ser lido em entrelinhas; nenhuma conclusão. Sou o que restou de mim, o que nunca fui e o que ainda serei; estou sem título.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Sentimento livre

Com o coração a mil, a mão trêmula ousa escrever o que a mente nunca deveria sentir. Palpita o papel. Talvez não seja um texto a ser postado, mas, se não, como expor tamanha desilusão? Uma palavra a menos, uma ilusão a mais; não se pode definir o que nunca foi e o que certamente jamais será. A visão de alegria turvou, transformou-se em qualquer coisa que a sinceridade escreve e que talvez a falta dela seja o que motiva. Veneno! É o que corre pelas veias e acelera o coração, mata não; sempre e só mais uma vez desilusão. Esta que constrói e só por isso apego-me a estas palavras destiladas pelos olhos. Burrice? Talvez.  Certamente burrice maior é escrever tal texto que será lido futuramente com a impressão de tal sentimento; que sentimento? Certamente burrice menor então. Desconstrução de corpo e alma. Viva a ilusão: permissão da poesia que não é. Felicidade! Sensação de infindáveis linhas idiotas e compromissadas apenas a mim.

domingo, 28 de abril de 2013

Busc[and]o

O teu sorriso condiz com tua essência, é belo, íntegro; mas a tua gargalhada... Jogo-me adentro quando a escuto, não é uma questão de escolha, é como ser arrastada em riso e paz; e a mais linda dentre todas é aquela que provoco, provoquei e provocarei sempre que puder. Não me contentarei com isso, contento-me... Ainda busco teu sorriso mais doce, teu humor mais delicado, teu cheiro mais aflorado; busco em vão. Ou não. Engendro chegadas, despedidas, cafés, cervejas, momentos, os cinco minutos a mais... Talvez tenha cansado. É mentira. Eu busco...

sexta-feira, 29 de março de 2013

Qualquer ideia errada de nós

Tudo que construí terá sido em vão, apenas mais um não, o mesmo que muitos, único entre todos. A rotina é uma merda, e a vida é uma variedade de rotinas, assim como as paixões. Eu ganhei, eu perco, eu ganho, eu perdi. Eu, eu, eu, eu, e nós? Nós nunca fomos, somos ilusão, uma imagem, ideia; somos qualquer coisa que não uma junção de eus, somos apenas egoístas. Somos tão egoístas que precisamos esquecer o outro quando ele não está mais conosco, e criam-se os contos de fada... Sim, eles não existem.

Uma sexta

É sexta, o fim de semana está próximo, dia feliz, dia de beber com os amigos, dia de aloprar; é sexta! Caraca, hoje é sexta! Que dia triste, que dia chato, que dia pra se ver passar sentado em uma mesa de bar, que dia, para aqueles que fumam, de acender um cigarro. Dia cheio de impaciência, dia da derrota, dia de pensar na vida, sexta de feriado. O acordar nesse dia, o não caber em mim, o pensar e se arrastar... Chega mensagem no celular, promoções, nada acontece, nada novo, só o mesmo afogar em ilusões. Que texto revigorante, que sexta animadora, que existência falida!

sábado, 9 de março de 2013

Quem sabe...

Fecha-se uma porta, abre-se uma janela; apegue-se a isso! Sentimento esse que não perdoa, que aperta o coração, a vontade; intensifica a emoção. Sabe-se do que se trata, só do que poderia ser, mesmo que na verdade não fosse. Nunca saberei, nunca saberá... Talvez não fosse para ser, talvez não fosse para gostar. Talvez seja, talvez não; quiçá verdade, ilusão, ilusão, ilusão. Verdades contadas que fazem jus ao meu pensar de você, imagem criada com a visão também do mistério, do pseudo-conhecer. Sei bem o que sinto nesse momento, o que desperdicei; mas responsabilidades sempre serão prioridades, quem sabe um dia ainda lhe verei...

sábado, 2 de março de 2013

Pegue um café

Venha, alma que questiona o caminho, volte para nós, ainda há tanto para amar, muitos cafés para tomar, rir, chorar... Venha, mas venha correndo, não queremos mais lhe seguir; pegue o nosso bonde, trilhe o nosso trem, pois sem um vagão, ah... Sem um vagão, quem somos nós? Seremos apenas fumaça condensada em metal gélido. Venha, corpo colorido de vida e história, junte-se à sua alma e venha, pois tarda, e queríamos você aqui desde cedo. Não acha que essa viagem já durou demais? Apresse-se, corra, ande, mas chegue. Pegue um café e pão quente com queijo minas, vamos conversar...

sexta-feira, 1 de março de 2013

E daí?

Como essa droga de vida pode ser assim? Um dia tão odioso, e o anterior completamente amável! Talvez eu não esteja bem agora, e daí? Daqui a cinco minutos estarei rindo... Maldita consciência! Terrível noção do caminhar e só chegar ao fim. Fim sem nada novo, fim cansado da caminhada pela calçada, fim... Por um acaso, você começou? Ilusão, ilusão, ilusão... Dias passam, mas noites só porque devem, e existirá sempre a mesma constatação: permeio! Qualquer coisa, qualquer sorriso, qualquer choro, qualquer não, sempre momentos; a ilusão do inteiro.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mar de letras

Será que podem sentir a força de uma letra? Será que podem sentir; sentir o nada, o tudo, sentir os pensamentos? Será que conseguem navegar no mar de emoções que o nosso próprio eu pode nos propiciar através da imaginação? Pois me equilibro em cima do barco que nesse mar navega. Há dias de tempestade,  dias de calmaria, dias de afogar-se, dias de rir da ventania. Há dias, porém também há noites. Noites de vento, quietação, de alento, conturbação, de alegria, ilusão, noites de apenas magia. Então, se em algum momento caio do barco, em algum dia já estarei seca para cair de novo. Navegar, nadar, mergulhar nesse mar de ilusões e emoções, para mim, é viver.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Se todos os dias fossem iguais a esse, talvez a vida fosse uma mar de angústia... Permita-me dividir o que é indivisível, o inatingível, o que não sei ser, embora seja sempre a mesma coisa. A mesma coisa do saber doer, que aflige, mata, porém revive sem pena várias outras vezes. Revive só porque é achado ser superado, vil ilusão. Não é bom respirar no momento, não é bom não respirar, ficar imóvel ou ir andar, é tudo tão a mesma coisa que já não há para onde escapar. A verdade é sempre a mesma, qualquer escolha, qualquer caminho, a mesma consequência: desilusão.