segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Por quê?

Por quê? Por que somos presos a pessoas, sentimentos, momentos, passado, ideias, futuro, idealizações? Por que simplesmente não ignoramos os sentimentos? Por que tem gente que o faz? Por que ignorar o que se sente se é isso que faz viver? A vida é uma correlação doentia entre pessoas, qualquer tentativa de não ser dependente destas nos torna mais dependente de alguma coisa. Um vício supre o outro, até a mania em não ter vícios é um vício. Quais seus vícios? O que você sente? E com o que você luta todo dia? Esse texto não é de auto-ajuda, se é que está parecido, é só uma tentativa de exteriorizar minha ideias que não por lágrimas. O porquê? Vamos começar por esse texto podre que está sendo publicado, o resto é todo o resto.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Mais uma vez

Quantos risos
Quantos encontros
Quantas vezes
Choros quantos
Quantos desencontros
Vezes quantas
Quantos abraços
Amassos quantos
Quanto embaraço
Quantas vezes
Confusões quantas
Quantas desilusões
Quanto passado
Quanta dor
Erros quantos
Vezes quantas
Quanto futuro
Quanto amor
Emoção quanta
Quantas vezes

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Papel escrito

Tudo já havia desabado. Por que continuar procurando nos escombros, se o que procura não está ali enterrado? A verdade é que não há verdade, somos peças do acaso ou apenas fragmentos em uma grande ventania que lutam para permanecer no mesmo lugar, mesmo quando a mudança está além de nós, seja em essência, seja no ambiente. Não somos vítimas, mas causadores da efemeridade; o tempo passa, mas nada pode ser igual porque é o ser humano que muda no interior, seja por medo ou qualquer outra determinação, seja por coragem. Quem dera ser fácil viver praticando o que se sabe, no papel e idealizado, tudo é realmente mais bonito. Que venham tempos difíceis, está na hora de criar histórias.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Nem tudo floreia

O rio, atravessar ou pular? Flutuar ou os pés, molhar? Disposição ou impulso? Palavras que levam a nada, palavras sem ponto final, perdidas no vento, soltas e saltitantes, palavras idiotas, bruscas, nada rebuscadas, apenas palavras, palavrões praguejados, palavrinhas. Qualquer merda, qualquer fim, qualquer infinito, qualquer solidão; qualquer encontro, qualquer solidão; qualquer coletivo, qualquer solidão. Tanta solidão em conjunto, tanto eu sozinho, tanto nada, quase tudo. Todos, desconstrução. Partes. Devaneios, construção. 

domingo, 16 de março de 2014

Lentamente caminhava, pois pressa é uma coisa que não mais tenho, quando avistei um rio. Uma sensação de vazio havia me dominado minutos antes de avistá-lo. Como ele impedia minha passagem, logo percebi que havia uma ponte mais à direita do seguimento do mesmo e resolvi atravessá-la. Não entendi bem o que se passava, pois achei que ao atravessar a ponte, encontraria um novo ambiente, um ar que me completaria novamente, mas, embora todos os ambientes fossem cheios de vida, esse vazio tendia a me perseguir, misturando todas as cores para transformar em preto. Continuei a caminhada, porém, notei a vida passar e eu era apenas uma espectadora. As coisas são apenas coisas, e de repente estão em outro plano. Por que insisto em manter os olhos abertos quando deveria fechá-los? Por que não ouso enxergar o brilho na falha? A verdade é que falho todos os dias, mas hoje sinto o que deveria ter sentido há mais tempo. Erupção de eus destinados ao erro, não há salvação. Todas as trilhas endereçam o desespero. Fim da linha, talvez começo de uma nova, talvez apenas fim.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Perdi a linha, a prosa, o rumo, a rima.
Perdi o encontro dos desajustes.
Perdi o ponto da vírgula no final.
Perdi o meio e o início,
Achei o fim