sexta-feira, 14 de junho de 2013

Sem título

Não espero que a noite me embale com os braços abertos, não essa noite! Espero que ela me maltrate, que faça de mim ferida aberta para que possa colocar em letras o que anda perdido em meu eu. Teço capas e mais capas com minutos dispersantes que a rotina me oferece, insisto em usá-las todos os dias; desnudo-me em preto e branco e descubro-me novamente, mas ainda este não por inteiro; prosa não poética de uma noite pseudofria, apenas mais um texto para ser lido em entrelinhas; nenhuma conclusão. Sou o que restou de mim, o que nunca fui e o que ainda serei; estou sem título.