quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Cara a tapa

Venha e bata, porque estou dando minha cara a tapa. Não, não se achegue e fique com receio da minha reação. Bata! Mas bata com força, com vontade, porque se for fraco, nem sentirei, e não se dá a cara a tapa à procura de beijinho. Faz o seguinte, não chegue devagar, chegue depressa, pegue impulso, pule e bata! Mas mire bem,  mire porque não é o coração que quero que se machuque, é só a bochecha. Bata logo, mas feche a mão, por favor. Feche para tentar mais fortemente, feche para que deixe hematomas, sejam estes aqueles que desaparecerão ou não. Mas não, não me deixe a cara limpa, sem marcas ou cicatrizes, pois é só uma vez que se dá a cara a tapa.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sem definição

Há muito não me sinto anestesiada como hoje estou. Anestesiada pela sua imagem, pelo seu olhar, pelo seu jeito, pela sua sinceridade depois de algum tempo. Não sei explicar ao certo o que me faz sentir assim ao simplesmente lhe ver passar, mas seu sorriso é o sinal de que as coisas sempre podem melhorar, pois este pede sua presença. Fazia tempo que não olhava para a vida de forma tão bonita, que não via em um sorriso uma alegoria, que nem conseguia fazer poesia. Talvez esteja nascendo a mais linda inspiração.