Caindo aos pedaços, o desespero me abraça junto de um
pesadelo desacelerado, é impossível mudar o final iminente; há caminhos, falta
energia para mover as pernas. Quando tirei os sapatos para trilhar o caminho de
cacos? Será que removerei os estilhaços mais profundos algum dia? Ou eles
tamponarão minha eterna dor? Vivo no abismo da tristeza, às vezes pulo de
cabeça à procura da felicidade, outras, acho mais fácil abrir o paraquedas. A
verdade é que a queda é a mesma, e a felicidade só aparece mesmo pelo caminho e
não já no solo. Vento puxou, acho que abri o paraquedas. Acompanha-me?
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