segunda-feira, 6 de maio de 2013

Sentimento livre

Com o coração a mil, a mão trêmula ousa escrever o que a mente nunca deveria sentir. Palpita o papel. Talvez não seja um texto a ser postado, mas, se não, como expor tamanha desilusão? Uma palavra a menos, uma ilusão a mais; não se pode definir o que nunca foi e o que certamente jamais será. A visão de alegria turvou, transformou-se em qualquer coisa que a sinceridade escreve e que talvez a falta dela seja o que motiva. Veneno! É o que corre pelas veias e acelera o coração, mata não; sempre e só mais uma vez desilusão. Esta que constrói e só por isso apego-me a estas palavras destiladas pelos olhos. Burrice? Talvez.  Certamente burrice maior é escrever tal texto que será lido futuramente com a impressão de tal sentimento; que sentimento? Certamente burrice menor então. Desconstrução de corpo e alma. Viva a ilusão: permissão da poesia que não é. Felicidade! Sensação de infindáveis linhas idiotas e compromissadas apenas a mim.

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