quinta-feira, 11 de julho de 2013

Por e para quem não merece

Poderia escrever belos arranjos de flores, mas todas as cores eu já usei. Restou-me apenas aquelas plantinhas que enfeitam o buquê, que parece só eu o nome não saber. Não vou chorar lágrimas de uma separação fingindo que não fiz por onde, contudo, também não lhe omitirei a culpa. Quando fez-me esperar delongadamente por você, dizendo não me querer, eu fiz correr atrás e me sentar em qualquer calçada pensando no que podia ter dado certo, chorei lágrimas que não devem ser derramadas por qualquer um; sim, você me vê como alguém insensível, mas quem deixou de olhar para trás primeiro não fui eu. Agora, quando já refeita, e devidamente costurada, você aparece querendo com uma tesoura cortar os pontos? Espera, não é assim, não sem qualquer coisa que me anestesie! Entretanto, não precisa mais, por mais que a anestesia não tenha chegado como deveria, o efeito foi duplo ou triplo, quiçá irreversível. Não me considero o que me considera, pois não prometi nada a você, só quando estava disposta a cumprir e não me foi dada a devida atenção. Auto proteção nunca é demais. A verdade é que nem sei porque escrevo isso, não sei ao certo se lhe quero, e, de qualquer forma, nego. A vida tem seus altos e baixos, estou aprendendo a rastejar. Mania perversa de sempre querer reviver o passado. Maldição sentimentalista do escrever.

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