sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vida, Deus e morte

Pergunto-me por que não eu? Tanta gente com vontade de viver morre e eu, que já fui moribunda por grande tempo, ressuscitei. A melhor forma de encarar essas adversidades é através da crença do espírito evoluído. Mas, será que um espírito tão bom precisaria passar por tamanho sofrimento pra estar ao lado de Deus? Será que é algum tipo de confirmação da fé? Vejo pessoas iluminadas, que não deveriam deixar essa vida tão cedo, adoecerem. Podem me falar tudo, mas eu não concordo. Deus tem um plano especial? Talvez tenha, mas tem gente que nem Nele acredita. Cheguei a compartilhar dessa ideia, mas não foi uma boa experiência. Pessoas que não acreditam em Deus tendem a ser pessimistas, não sabem ver o lado bom das coisas, são medrosas, e isso é compreensível. E por que as pessoas optam a acreditar que Ele não existe se Sua existência não faz mal à grande parte da população? Digo grande parte porque há guerras religiosas, mas talvez não seja culpa da crença, pois nem todos brigam por isso. A nossa vida deve ser respaldada no equilíbrio, e as pessoas que levam a crença ao radicalismo estão longe de serem equilibradas. Crer em Deus não é se apegar a livros religiosos e querer seguir fielmente tudo que está lá escrito sem se preocupar com o próximo. Crer em Deus é saber os próprios limites, respeitar o que Ele criou, tratar a todos com amor, ou seja, de forma como gostaria de ser tratado, pois ninguém se odeia ou deseja mal a si mesmo. Por que não acreditar em Deus se a crença Nele nos torna mais humanos, mais otimistas? Quem crê em Deus, mesmo que Ele não exista, o que nunca poderá ser provado, como já dizia Platão, crê em si mesmo, consegue tirar forças de algum lugar e caminhar sozinho. Quem não crê em Deus se torna dependente das relações sociais, pois precisa saber que alguém está com ele, quando Deus sempre esteve. Se alguém, algum dia, conseguir me explicar o porquê da não existência de Deus ser melhor, não só tiro o chapéu, como faço questão de retificar esse parágrafo. As pessoas confundem religião com Deus, e nessa altura do campeonato, isso não deveria mais acontecer. A divisão do mundo em grandes religiões é uma trágica realidade. Pessoas lutam por algo que nem comprovado é. O judaísmo provoca guerra, o islamismo, massacres, e o catolicismo é hipócrita. Para mim, Deus não aprova nada disso. Se todos cressem em Deus e esquecessem-se das religiões, o mundo seria melhor.   Deus não precisa deixar de existir, pois Ele dá esperanças à grande parte do mundo, mas as religiões podiam ser extintas. Como podemos nos confessar com padres que são tão pecadores quanto nós? Quem lhes deu esse direito? Deus criou o mundo e os homens criaram as religiões, por isso estas são falhas. Eu acredito em Deus, e vivo bem por isso, mas não sou a favor de nenhuma religião. Aí, alguém poderia me perguntar: mas como todos poderiam conhecer a Deus sem a existência de religiões? Eu responderia: como era passada a cultura entre os povos primitivos? Através do conhecimento de pai para filho. E eu não sei até que ponto as religiões ajudam-nos a conhecer a Deus. Hoje em dia, muitos centros religiosos, de um modo geral, são comércios. E, além de tudo isso, fico pensando: há religiões e ainda existe muita gente má, cruel, que não se converte. E também existem pessoas que se tornam más, ou intensificam esse lado, por conta do extremismo religioso. É estranho, são tantas perguntas e tantos espaços vazios ainda para preenchermos, mas somente até aqui me permitirei questionar.

Um comentário:

Rayssa Pascoal disse...

concordo em gênero número e grau!
falou tudo.