sábado, 29 de maio de 2010

Explosões

Definindo o vocábulo explosão de forma conotativa concomitante à denotativa, teríamos algo parecido com: manifestação súbita produzida pelo desenvolvimento repentino de uma força. Contudo, esta pode ser de vários tipos, fazendo com que as explosões sigam a mesma tendência.
A força que repentinamente tomou meu peito é como o fogo, queima, arde, ilumina, cega, é indefinida e não pode ser moldada. Este fogo se alastra como se o ar necessário para sua combustão fosse jorrado de uma especial proferição num sussurro doce, como se somente eu fizesse parte do mundo capaz de ouvi-la.
Todas as explosões, sejam elas de que tipo forem, trazem-nos a sensação de ruptura do antigo, de recomeço - talvez essa sensação esteja relacionada com algo que aprendemos na nossa infância sobre o Big Bang ou vice-versa -, mas também nos trazem a sensação de cautela, medo.
De repente, todas as nossas defesas de um sistema conhecido caem, e entramos no desconhecido com a cara e a coragem, sem proteções, sem armas. A explosão ocorreu! Somos desafiados pela nossa intuição. Caminhando por incertezas intuitivas, acostumamo-nos com o novo percurso, e com o tempo nossos escudos são resgatados. Entretanto, acreditem, quando isso acontecer, a próxima explosão ainda virá e poderá estar mais perto do que imaginamos.

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