quarta-feira, 1 de junho de 2011

Folhas

Estava a nada fazer e pus-me a debruçar no parapeito. Não havia por perto ninguém, podendo circular livremente a brisa, que me gelava gradativamente. Ansiosamente em devaneio, olhei para a árvore que vivia perante a mim, e as folhas balançavam. Não eram totalmente verdes ou novas, eram velhas e cheias de histórias, que eu gostaria de contar... Se até as folhas sofrem com as pragas, remexendo-se esburacadas, sem caber-lhes um pedaço; quem sou para reclamar dor, da qual me satisfaço? Tudo que vive está suscetível a perder o encanto, a diferenciar-se pelo pranto, envelhecer: o que foi bonito nunca volta a ser.

Um comentário:

deia.s disse...

Tudo que é vivo, morre.
- algo assim -