quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ode à ilusão

Sem poder nada fazer, avistei uma cadeira, sentei-me, tive uma ideia: 'Não, não foi esse alguém que lhe roubou de mim, mas a ilusão que decidiu escapar-me...'
- Chega! - a mente exclamou bravamente - Pegue seus óculos e vamos mudar esse discurso.
Com descrença, peguei meus amigos imaginários, os óculos não possuíam lentes de grau, e encostei a lapiseira ao papel:

Oh!, doce ilusão, obrigada pelo presente que constante concedes-me.
És luz para minha escrita aveludada, cheias de paixões extravasadas.
Se sinto o teu cheiro, teu perfurme é esperança.
Iludir-me é como viver uma felicidade em mim;
não há compartilhamento; é segredo que conforta e faz sorrir
Teu fim, ilusão, é sempre triste, mas teu início é tão compensador:
as pessoas geralmente se iludem mais de uma vez por amor.
Oh!, vil ilusão, nunca me deixe sem teu encanto,
vague sempre ao meu lado para contigo compartilhar meu pranto.


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