segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vida

Sentei-me e era o fim. Fim para mim, que de nada fiz ou nada faço; apenas escrevo, escrevo o cansaço. Cansaço da vida, da busca incontida, do vento que despenteia. Cansaço de tudo, cansaço de nada, apenas mais um pé na estrada. Estrada de barro, estrada de terra, caminho cimentado, caminho de pedra. Pedras que machucam nelas os pés que pisam. Pisam por acreditar que o fim é próspero, prometedor. Prometem os que não cumprem, mas todos aqueles que cumprem um dia já prometeram. Andei e era o início. Início para mim, que de tudo faço ou fiz; até escrevo, escrevo a vontade. Vontade de viver, de buscar incontidamente, do vento que despenteia. Vontade de tudo, vontade de nada, o último passo da longa caminhada.

2 comentários:

deia.s disse...

"Cansaço de tudo, cansaço de nada.."
Que lindo isso *-*

Thaís disse...

renova os ânimos ler algo lindo assim, maravilhoso *_*