terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Encontrei-lhe

Caminhava pela calçada quando percebi que a vida não poderia jamais ser boa como fora. Tinha lhe avistado. Um sorriso magnético e um olhar brilhoso, nossos olhos haviam se cruzado. Eu não sei bem por qual segundo consegui achar-me. E eu repeti exatamente as mesmas coisas a você. No passado, havíamos concordado e falado, quase que ao mesmo tempo, que a vida continuaria a passar, mas que não viveríamos verdadeiramente se não estivéssemos um ao lado do outro. E eu repeti isso. É quase automático o fato de eu tentar resgatar o passado sempre que lhe vejo. Eu quero você de volta, na verdade, eu quero a mim. Ao passar dos minutos, seus olhos brilhavam cada vez mais. Eu estava feliz, e alguém chegou. Havia lhe encontrado tarde, já não era seu primeiro copo de bebida. Seus olhos não brilhavam pela doce lembrança que ali estava a pescar. Talvez seus olhos nem brilhassem. Talvez não fosse meu primeiro copo também. Talvez nem nos amemos mais. Mas eu senti, eu tenho certeza. Senti que estava ali, senti que vivia, mesmo que por alguns minutos, mais uma vez.

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