quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Desejo do não ser

Peço perdão para os que ficam e licença para os que já lá estão. Impiedoso desejo do não ser, desencanta-te de mim, jorra-te por águas ligeiras. E quem sou, para não querer-te? O que és, para de mim enlear-te? Se te chamo é porque de vaidade corrôo-me, mas desta ainda apeteço. Em face do medo que espanta meus olhos, se a liberdade almejo, de ti recordo. Facetas insanas da diversa realidade, um eu. Do que adianta ter-te, se contigo o nada reina? Mas qual a compensação de rejeitar-te, se de ti tudo corre? Não sei o que é esperado que se leia nessa tela, mas agora sentirão o que um dia senti, do que desisti, mas no que vivo a insistir: constante aproximação da morte, eterna ausência do viver. 

2 comentários:

Carol disse...

Essa foi pra me mostrar que tenho muito o que viver! Deu força... Reação inversa... Vai entender!

Carol disse...

Essa HOJE está me fazendo pensar no que eu estou pensando... Eu não quero morrer... Fatão! rs