terça-feira, 30 de agosto de 2011

Árvores do caminhar

O que guardava para falar não cabe mais em minha mente, muito menos aqui, mas como a história pode ser modificada, pois parte do pensamento que nem sempre está solidificado, venho trazer alegria ao invés de tristeza: Caminho em um deserto que, apesar de grande, não suporta o vazio da morte, e nessa caminhada frustrante de quentura e solidão, quando as solas do pé já quase em carne viva estão e as pernas dormentes, decido olhar para frente. Avisto uma árvore de formosa sombra e embaixo desta encontro conforto e uma sensação de segurança indescritível, agora sim posso descansar, o sol não me queimará mais. Mesmo que eu tenha que continuar caminhando para encontrar um jeito de sair dessa situação, não estarei tão cansada, tão tristonha, pois em algum momento eu vi que é possível ainda até sonhar. Eu sei quem planta as árvores que aparecem no meu caminho.

4 comentários:

Anônimo disse...

Apesar de “desejar” tanto essa profunda solidão, essa atração pelo indizível e pelas vãs filosofias, é a árvore que te acalenta. A sombra fresca, o fruto doce e a calma momentânea do vento a consola. Descanse, pois o deserto vai muito além desse ínfimo horizonte que a visão alcança. Anônimo Atento

LAO disse...

Mas foi justamente o que comentou que eu quis dizer, você disse o que eu disse em outras palavras...

Anônimo disse...

Ok, então não valeu.
Talvez eu tenha ficado entretida com o saber sobre quem planta as árvores no seu deserto. Pois essa é a chave do seu texto. Continue atenta, pois quem é capaz de plantar árvores no deserto poder fazer um “paraíso” em qualquer lugar. Anônimo Atento

LAO disse...

É, talvez sim...